domingo, 8 de junho de 2008

Jornalismo Opinativo - Capítulo 1

Natureza do jornalismo

- Jornalismo se nutre do efêmero, do provisório, do circunstancial, por isso exige do cientista maior argúcia na observação e melhor instrumentação metodológica para que não caia nas malhas do transitório.

- Esboço do pesquisador polonês Mieczyslaw Hafel: natureza mutável, não definitiva, dos conceitos, categorias e esquemas empregados no estudo científico do jornalismo.

- Na Europa o estudo do jornalismo está enraizado nas manifestações típicas da comunicação impressa por determinações históricas. “Afinal de contas, a imprensa foi o único canal de expressão jornalística durante os séculos XVII, XVIII e XIX.

- Dantos Jobim – fidelidade ao “espírito do jornalismo” entendo-o como “necessidade social” que assume o caráter de “informação” cujos “atributos essenciais” são aqueles apontados pó Jacques Kayser: “universalidade e instantaneidade”. Assim, a essência do jornalismo está no fluxo de informações da atualidade que ocorre nas páginas dos jornais (e implicitamente também nos espaços dos outros media).

- Celso Kelly – “o jornalismo comporta as antigas e novas modalidades do jornalismo escrito e impresso; as recentes modalidades de jornalismo falado, mediante emissões radiofônicas e de tevê; o jornalismo cinematográfico, pela projeção de imagem, tomada ao acontecimento; jornalismo pessoal e de grupo, na variações das relações públicas; o jornalismo comercial, segunda a técnica publicitária.” (pág. 15)

- Confusão entre o jornalismo e os canais através de que essa atividade da comunicação coletiva se manifesta. O jornalismo articula-se necessariamente com os veículos que tornam públicas suas mensagem, sem que isso signifique dizer que todas as mensagens ali contidas são de natureza jornalística.

- O jornalismo, diferente dos outros ramos da comunicação social, atém-se ao real, exercendo um papel de orientação racional.

- Otto Groth – Abandonou a identificação do conteúdo ou da forma e deixou de lado também a preocupação com a linha editorial. Sua atenção ficou concentrada na “essência” do “processo cultural-social” que caracteriza a produção dos jornais e das revistas. A chave para apreender a identidade de seu objeto ele a encontrou na conjugação das quatro características erigidas como parâmetros da “totalidade jornalística”: periodicidade, universalidade, atualidade e difusão.

“... o jornalismo é concebido como um processo social que se articula a partir da relação (periódica/oportuna) entre organizações formais (editoras/emissoras) e coletividades (públicos receptores), através de cais de difusão (jornal/revista/rádio/televisão/cinema) que asseguram a transmissão de informações (atuais) em função de interesses e expectativas (universos culturais ou ideológicos).”(pág. 17) – trata-se portanto de um processo contínuo, ágil, veloz determinado pela atualidade.

- Atualidade, credibilidade e abrangência.

- Complexidade do processo jornalístico: a atualidade depende da velocidade com que o canal atua – difusão e também da capacidade da instituição jornalística em captar e reproduzir os fatos – periodicidade – que não se faz sem uma sintonia com os desejos e as reações coletivas – universalidade.

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