quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Lixeiros disputam a lixeira

Aparecida de Goiânia amanheceu completamente irreconhecível. As ruas estavam sujas, repletas de material eleitoral do dia anterior, domingo dia cinco de outubro. E depois do resultado das eleições, algumas certezas surgiram. A primeira, e mais visível: os garis daqui e de outras regiões certamente terão bastante trabalho à frente. A segunda: todos os candidatos, sem exceção, trataram o município, do qual pretendem ser representantes, como uma grande lixeira a céu aberto.

Todo ano de eleição é a mesma coisa. Até certa hora de sábado ainda se consegue ter uma cidade limpa. Porém, basta amanhecer o dia e verificar a caixa de correio, se for morador do planeta terra, certamente, ela estará lotada de propaganda política. É incrível! Como eles, candidatos e cabos eleitorais conseguem em menos de 12 horas emporcalhar tudo. Ato que se não tivesse seus contras seria até louvável. Os trabalhadores dos correios podiam, muito bem, pegar umas aulinhas com o pessoal que participou das campanhas políticas. Quem sabe assim, eles deixassem de cometer equívocos ao entregarem as cartas. Seria uma boa!

E por fim, sujos ou não sujos, escolhemos nossos representantes no legislativo e executivo municipal. E que eles diferente do dia cinco de outubro tratem a cidade onde se elegeram com maior carinho.

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

Sobre política

A população Brasileira se prepara psiquicamente para o início do horário gratuito obrigatório eleitoral e depois de ver o “emocionante”, quase romântico, material veiculado pelo jornal do Meio Dia a respeito do assunto, na voz de Jordevá Rosa, senti-me na obrigação de comentar.

Manterei distância da vida política da Capital, Goiânia, pelo fato de desconhecer a realidade de lá. Os que, indicados por mim, vão ler esse texto, sabem, moro em Aparecida de Goiânia e por um tempo, mesmo curto, obtive algumas informações do cenário “politiques” daqui, já que trabalhei num veículo de comunicação da cidade.

Nos quase, exatos, oito meses como jornalista, participei, não tão intensamente, mas estive em alguns dos mais importantes eventos. Não consigo numerar as conversas com o prefeito, José Macedo, e com seu secretariado.

Especificamente a respeito do atual administrador, lembro e torno público o que presenciei. Cheguei atrasado à pauta e o encontrei conversando com uma mulher, aparentemente com seus 50 (cinqüenta) anos. Ela questionava o prefeito – se não me engano, pedia a construção de um local de lazer em um determinado setor. Esperava, como é de praxe de muitos políticos, o famoso “embromexion”. Para minha surpresa Macedo sem pensar, respondeu:

“Olha, infelizmente não temos como realizar essa obra...”

Depois de ouvir isso, fiquei sem palavra alguma. Admirei a atitude. Ele pode ter pedido a confiança daquela mulher ou talvez seu voto, mas não enganou-a. Desse dia para cá, meu respeito pelo prefeito de Aparecida teve um aumento significativo.

O grande problema da invisibilidade de sua administração, penso ter sido a incapacidade da assessoria de comunicação, não querendo desmerecer o profissionalismo dos funcionários da secretaria. Se houvesse mais estrutura técnica, física e humana, hoje, José Macedo poderia ser um candidato a reeleição com grandes chances de ser eleito. Porque obras, valorização do funcionalismo, pagamento em dia, ele prometeu e cumpriu. Faltou publicidade; transparência; tornar público.

Não quero endeusar a atuação do prefeito de Aparecida. Simplesmente pretendo, com esse relato, documentar minha posição sobre a pessoa de José Macedo. Um homem, que na verdade, não soube ser aquele político de empurrar tudo e todos com a barriga, ao contrário de outros, e isso lhe atrapalhou. Vai entender política!!!!

segunda-feira, 14 de julho de 2008

Tentativas, confirmações, decepções...

Inicialmente, gostaria de pedir desculpas pelo desapego, estava precisando mesmo de um tempo ocioso, um merecido descanso. A final de contas, como qualquer ser humano, necessito de férias e as curti como pude em Caldas Novas de Goiás num condomínio de “apertamentos” chamado Águas da Serra.

Os dias passados por lá não foram de total descarte. E sim fundamentais para uma certeza, a que faltava, o tamanho do meu amor por minha Pocahontas. Não foi fácil ficar longe, mas em compensação, percebi que sem a presença dela nada tem graça, não há o mesmo brilho, falta algo.

Por tudo, consegui mensurar o tamanho de sua importância em minha vida, literalmente essencial. Olhar aqueles casaizinhos namorando na beira das piscinas de águas termais foi angustiante. Juro, eu fiz de tudo pra não observar, mas... Enfim, você minha pequena não saiu da minha cabeça em momento nenhum. Definitivamente, és tudo para min. Repito, és essencial, vital...

Dessa vez, não posso reclamar da temperatura da água, porque tava muito quente. Quando os responsáveis pela piscina as liberavam, já que havia um revezamento, permanecer por mais de 10 minutos era insuportável. De cômico, acrescento as pessoas em volta da piscina. Pareciam urubus diante da carniça – Estou incluso nesse “Elas”.

Pegando a estrada

Bem, tenho até umas fotos, depois as publico. O percurso de ida foi tranqüilo, sem longas filas lideradas por caminhões, mas na volta... Fiquei impressionado, quando percebi as dimensões do engarrafamento, logo veio-me a cabeça aquela brincadeira, que conhecemos bem, o siga o mestre.

Ressalto também a irresponsabilidade de alguns motoristas. Eles, sem o mínimo de bom senso, realizavam ultrapassagens proibidas e abusavam da velocidade.

A brincadeira de seguir foi acabando e também a GO, quando entramos na BR-153 nada de anormal, somente alguns trechos onde mais atenção deve ser cedida, principalmente a curta parte que corta o município de Hidrolândia, onde há um grande fluxo de veículos, asfalto em péssimo estado, mercadores e pra piorar a pista é unificada, somente uma mão para quem vai e outra a quem vem.

O BUMM

Ao chegarmos em Aparecida de Goiânia, cidade onde resido há simples 20 anos quase 21, fomos almoçar num restaurante aqui no centro, já que estávamos sem nos alimentar desde cedo.

Pois bem, quando nos dirigimos para casa, a primeira vista nenhuma anormalidade, mas de repente, vejo meu pai correndo desesperado. Logo, me apavorei e percebi que algo tinha acontecido, quando o meu pai, sem saber o que fazer, grita que tínhamos sido vítimas de um roubo.

Nunca - potencializo isso - nunca vou esquecer a feição de meu pai. Estou escrevendo esse texto, mas há um sentimento de fúria que se mistura com aquela imagem, vê-lo daquela forma marcou-me de tão grão forma que as palavras se escondem...

Jamais havíamos pensando na possibilidade de isso vir acontecer, já que há cerca elétrica e uma complexa aparelhagem de monitoramente, mas aconteceu. Ficamos sem a televisão e eu sem meu futebol, o videogame também foi levado.

É nessas horas que se percebe o irrisório valor dos objetos que adquirimos com o árduo trabalho, mas sinceramente não é fácil passar por essa situação. E como futuro jornalista que sou, digo, uma coisa é ficar sabendo outra coisa, bem diferente, é passar pela situação, seja ela qual for.

quarta-feira, 25 de junho de 2008

Resenha - Padrões de manipulação na grande imprensa

Jornalista e sociólogo, Perseu Abramo (1929-96) esboça em sua obra a caracterização dos interesses políticos e ideológicos acobertados pelo material jornalístico. Ele demonstra, também, o modo manipulativo dos meios de comunicação em expressar a “realidade” dos fatos.


O autor de “Padrões de manipulação na grande imprensa” é potencializado por sua extensa experiência no campo da comunicação social. Foi docente, por 15 anos, do curso de jornalismo da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP); da Universidade de Brasília (UNB) e da Universidade Federal da Bahia (UFBA). Fora do meio acadêmico, atuou como jornalista na redação de O Estado de São Paulo, Folha de São Paulo, Jornal Movimento e do Jornal dos trabalhadores, do Partido dos trabalhadores (PT).

Como professor, Perseu Abramo, desenvolveu inúmeras disciplinas, desde as mais teóricas às totalmente técnicas, como realização de projetos experimentais. Orientou um grande e incerto número de projetos de iniciação científica e a produção de jornais laboratórios.

Ele começou a desenvolver uma pesquisa sobre a manipulação da informação e a distorção da realidade na imprensa, mas não chegou a concluir. O resultado desta iniciativa foram textos e relatórios preliminares de relevante conteúdo, indiscutíveis nos chamados critérios científicos e ainda de profunda atualidade.

Pondo de lado sua experiência jornalística, entretanto não deixando-a totalmente excluída, como sociólogo, Perseu Abramo, era um profundo conhecedor das técnicas da pesquisa científica, – tanto que coordenou projetos nesse mesmo ramo – as metodologias e como deveria ser organizado o material coletado.

E talvez o mais importante, tinha sã consciência de que a atividade jornalística só pode ser compreendida e analisada como categoria política, como instrumento de propagação ideológica de grupos, setores e classes sociais.

A ciência de comparar a organização jornalística a um partido político é, simplesmente, admirável. Analogia mais enriquecida devido à participação de Perseu Abramo no meio político. Ele participou ativamente da greve da categoria jornalística em 1979, quando editor da Folha, foi demitido e acompanhou ceticamente o nascimento e a implantação do Projeto Folha.

Ao retratar a inversão da forma pelo conteúdo, Perseu Abramo sintetiza-o numa operação de sintonia fina, os problemas abafados pela mídia de mercado são ignorados pelas escolas afundadas nas teorias que se preocupam com a aparência, da imagem e do signo.Tal distorção consome os veículos de comunicação diariamente, de maneira perceptível outras nem tanto.

Dados técnicos

Título: Padrões de manipulação na grande imprensa
Editora: Fundação Perseu Abramo
Autor: Perseu Abramo
Prefácio: Hamilton Octavio Souza
ISBN: 8586469750
Páginas: 64
Ano: 2003
Edição:
Idioma: Português
Peso: 100 gramas
Preço: R$ 13,00

sexta-feira, 20 de junho de 2008

Acredite no potencial alheio - Reflexão

Ergueis a cabeça e digas nunca ter prejulgado alguém por sua aparência, raça, credo, estilo e etc.. A grande vantagem de sermos seres humanos, passíveis de atitudes errôneas, é a recapitulação e aprendizagem, nada pode passar por nós sem ser filtrado. As avaliações pessoais devem ser realizadas com constância, só assim constataremos o quanto evoluímos ou não.

O preconceito, tanto o pejorativo quanto o não, deve ser peitado como um desafio a ser encarado frente a frente, não basta somente à negação, a atitude é necessária. Não permita a permanência dos obstáculos no seu caminhar, adote o arquétipo do guerreiro e vença.

É fundamental acreditar em si, ser confiante, mas nunca, - repito – nunca duvide do potencial alheio. Por mais deteriorante que seus trejeitos possam aparentar. Não acredite nas ilustradas embalagens, saiba apreciar a essência.

Essa dica vale para todos nós, simples e míseros mortais. E se não optar pela conscientização e aprendizado precoce, não se aquente, a vida lhe dará lições inesquecíveis. Pensem nisso.

quarta-feira, 18 de junho de 2008

Segundo dia da 11º Semana da Comunicação

Teatro humorado e conferência de Adriana Lima marcam a noite de terça

Goiânia – Seguindo o cronograma, a Faculdade Sul-Americana realizou nesta terça-feira (17), em seu anfiteatro, às 19h40, o segundo dia da 11º Semana da Comunicação, com o tema Comunicação Integrada: Novas Tendências de Mercado.

Anterior a apresentação de Adriana Lima, gerente de Marketing e Comunicação do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de Goiás, o público foi surpreendido com uma apresentação teatral. Com humor os atores proporcionaram risos e muita interação.

Na Conferência de Abertura, a jornalista Adriana Lima reportou todo o trabalho feito por sua equipe à frente da gerencia de Comunicação do SEBRAE. Ressaltou, também, a presença do órgão, da qual é funcionária, em todos os estados Brasileiros.

“Estamos em todo o Brasil, com 520 postos de atendimento.”

Durante sua apresentação, ela revelou a importância das micro e pequenas empresas, que segundo afirmação, são o pilar da economia brasileira e disse da principal meta do SEBRAE.

“Nossa missão é disponibilizar informações que estimulem o empreendedorismo.”

Ao intensificar as relações comunicacionais internas e externas do SEBRAE, Adriana Lima e sua equipe foram premiadas com o Prêmio Aberje 2006, pelo trabalho realizado no Jornal Mural, intitulado “Dedo de Prosa” e por sua intranet.

A gerente de Marketing e Comunicação finalizou sua palestra enaltecendo o trabalho em conjunto e deixou aos presentes uma mensagem de incentivo.

“Quem tem conhecimento vai para frente.”

Depois de encerrada a Conferência, Adriana Lima respondeu a perguntas feitas por acadêmicos e convidados.

terça-feira, 17 de junho de 2008

Aberta a 11º Semana de Comunicação da FASAM

Profissionais de destaque no mercado e empresários vitrines recebem o troféu Vitrine


A Faculdade Sul-Americana deu início nesta última segunda-feira (16), em seu anfiteatro, a 11º Semana da Comunicação. A edição, que terá cinco dias de duração, aborda a Comunicação Integrada: Novas Tendências de Mercado.

Para participar da programação, os acadêmicos e interessados pagaram uma taxa de R$ 15,00 e receberam um kit com camiseta, material informativo do SEBRAE, caneta e crachá. Ao término, somada pelo menos 75% de presença, os alunos receberão certificados e cerca de 20h complementares.

Abertura

O nervosismo era claro no rosto dos organizadores, ao fundo o público visualizava um vídeo de Oswaldo Montenegro e aguardava com expectativa o início do evento. Exatamente às 19h50 surgem os primeiros sons diante o microfone.

A noite foi um grande separador de águas para a Fasam, primeira a implantar uma agência integrada no Centro-Oeste - Vitrine. O projeto experimental é coordenado por Alencar Oliveira. Houve, também, o lançamento do Jornal Laboratório, o Entreletras, escrito e diagramado por alunos do quinto período e editado pelos do sexto.

Além dos dois lançamentos, profissionais do mercado e empresários vitrines receberam o troféu Vitrine. Os homenageados foram: Handerson Pancierri, Editor-Chefe do Jornal Anhanguera 1ª Edição; Alessandro Issi, vencedor do prêmio Aberje Brasil 2006 pela revitalização do jornal mural “Dedo e Prosa”; Carlos A. Jordão, publicitário com mais de 30 anos de experiência e Lourival Louza Jr., que agradeceu e ressaltou o potencial dos projetos dirigidos pela instituição.

Mas antes de toda a premiação, a coordenadora do curso de Comunicação Social, Professora Márcia Brisolla, em tom eufórico destacou o trabalho em conjunto das três habilitações (jornalismo, publicidade e propaganda e relações públicas) e parabeniza o apoio.

“Agradeço a diretoria por acreditar no sucesso da Comunicação Social.”

O show

Finalizando a programação de abertura, Os Smurfs subiram no palco e levaram os presentes a uma verdadeira volta ao passado. Cantando sucessos dos anos 80, a banda de cinco integrantes, entre eles uma mulher, chama atenção seu fundo animado com desenhos, programas, objetos e etc. de época.

domingo, 15 de junho de 2008

Reportagem - Esporte


Alimentados pela paixão brasileira, os jovens sonham com um futuro promissor no futebol


Quando meninos, os sonhos são infinitos, mas há um sempre presente: ser jogador de futebol. Na maioria dos casos, o amor pelo esporte começa graças aos pais. Alimentados pela paixão brasileira, eles incentivam e investem em escolinhas de associações desportivas públicas ou privadas, enfim, fazem de tudo para o sucesso dos filhos.

Com verdadeira idolatria, o jovem André Luiz traça os caminhos percorridos por seu pai. Com 15 anos, já integrou a seleção de base de um tradicional time da capital Goiana e, hoje, joga num time evangélico, Atletas de Jesus.

“Meu pai sempre me deu a maior força para continuar, quando desanimo, ele e minha mãe me ajudam.”

Com feição emocionada, afirma que seu pai partilhou do mesmo sonho, mas sem o apoio dos pais – os avós de André Luiz – desistiu e, atualmente, como taxista sustenta mulher e três filhos.

“Meus avós forçaram meu pai a trabalhar na roça.”

Outra tendência, percebida, é a dos pais quererem para seus descendentes aquilo que sempre sonharam para si e não conseguiram. Realidade caracterizada, principalmente, por uma cobrança extremada e forçada.

As peneiras

As seleções, mais conhecidas como peneiras, são um pesadelo; martírio aos jovens. A respeito disso, André Luiz acrescenta.

“Meu pai chegou a participar de peneiras aqui em Goiás, mas não conseguir passar.”

Grandes consagrados jogadores, como Cafu, capitão do pentacampeonato da seleção Brasileira de 2002, foi vítima do teste iniciativo.

Segundo
artigo publicado na internet, nas peneiras “os garotos são forçados a jogar muito futebol, se esquecendo da diversão que é uma partida de futebol.”

Convidado por amigos, André Luiz participou somente uma única vez foi reprovado.

“Não passei no peneirão aqui de Aparecida, um amigo meu conseguiu.”

Desistindo do sonho

Morador da mesma cidade e amigo de André Luiz, Emerson César Filho, 16 anos, inspirado pelo comum desejo até tentou, mas deixou o sonho de lado e encara a realidade com muito esforço e estudo, pretende prestar o vestibular.

“Não tenho a potência requerida pelos grandes times de futebol.”

André Luiz, apelidado pelos amigos de Pelé devido sua semelhança física, e Emerson César, sempre jogaram juntos em um campo de terra batida no Setor Araguaia, em Aparecida de Goiânia.

sexta-feira, 13 de junho de 2008

Resenha do Filme “Mera Coincidência”

Uma lição de ceticismo, “Mera Coincidência” transparece a relação entre as assessorias de comunicação e a imprensa. Com diálogos soltos e corridos, o filme é baseado na estória do presidente dos Estados Unidos (Michael Belson), envolvido em um escândalo sexual às vésperas da reeleição. Ambientado no tênue e escuro meio de convergência (sala de reunião), planos inimagináveis são elaborados.

Com Barry Levinson na direção do longa metragem, Mera Coincidência obteve baixa arrecadação em seus primeiros dias de exibição, é um filme que se beneficiou das circunstâncias de lançamento, já que há proximidade com fatos verídicos – escândalos sexuais envolvendo o presidente Bill Clinton com sua secretária, Mônica Lewinski, e também a ação militar contra o Iraque.

Wag the dog, titulação original, foi gravado em apenas 29 dias e pode ser compreendido pela relação frágil entre os fatos reais e os publicados pela mídia, que às vezes não apresentam semelhança.

Durante seus 93 minutos de filmagem, os profissionais da assessoria do presidente e os contratados por eles, destaque ao cineasta Motss (Dustin Hoffman), criam uma guerra ireal contra a Albânia. De início tudo corre bem, cenas de fictícias de um confronto são forjados e até canções de incentivo apelando à democracia, liberdade, o sonho americano, espírito americano, vida e felicidade são construídas, tudo isso com um fim: pautar positivamente a imprensa e abafar os pontos negativos.

Nas credenciais de Dustin Hoffman estão sete indicações ao Oscar de melhor ator, por: 'A Primeira Noite de um Homem”(1967), “Perdidos na Noite”(1969), “Lenny”(1974), “Kramer Versus Kramer”(1979), “Tootsie”(1982), “Rain Man”(1988) e “Mera Coincidência”(1997). Ganhou por “Kramer Versus Kramer” e “Rain Man”.

Fazem parte também cinco indicações ao Globo de Ouro de melhor ator - Drama, por 'Perdidos na Noite' (1969), 'Lenny' (1974),, 'Maratona da Morte' (1976), 'Kramer Versus Kramer' (1979) e 'Rain Man' (1988). Venceu por 'Kramer Versus Kramer' e 'Rain Man'. 5 indicações ao Globo de Ouro de Melhor Ator - Comédia/Musical, por 'A Primeira Noite de um Homem' (1967), 'John e Mary' (1969), 'Tootsie' (1982), 'Hook - A Volta do Capitão Gancho' (1991) e 'Mera Coincidência” (1997), venceu por “Tootsie” e várias outras premiações.

Outro participante de Mera Coincidência é o ator Robert De Niro. Inicialmente estreou atrás das câmeras, com o filme Desafio no Brons (1993). E foi também nos anos 90 que conseguiu deixar os papéis dramáticos e encarar as comédias, mas sempre com a imagem de durão, vide Entrando Numa Fria e A Máfia no Divã. Foi como o leão covarde de o Mágico de Oz que ele subiu pela primeira vez ao palco, ainda na escola.

Sem poupar esforços, seu primeiro Oscar fou em 1974, como coadjuvante por O Poderoso Chefão 2, onde ele só falava oito palavras em inglês. Em 1980, foi a vez do Oscar de Melhor Ator por Touro Indomável. E teve mais quatro indicações: Táxi Driver, Cabo do Medo, O Franco-Atirador e Tempo de Despertar.

Ficha Técnica

Título Original: Wag the Dog
Gênero: Comédia
Tempo de Duração: 97 minutos
Ano de Lançamento (EUA): 1997
Site Oficial:
www.wag-the-dog.com
Estúdio: New Line Cinema / Tribeca Productions / Baltimore Pictures / Punch Productions
Distribuição: New Line Cinema
Direção:
Barry Levinson
Roteiro: Hilary Henkin e David Mamet, baseado em livro de Larry Beinhart
Produção: Robert De Niro, Barry Levinson e Jane Rosenthal
Música: Mark Knoffler
Direção de Fotografia: Robert Richardson
Desenho de Produção: Wynn Thomas
Direção de Arte: Mark Worthington
Figurino: Rita Ryack
Edição: Stu Linder

domingo, 8 de junho de 2008

Jornalismo Opinativo - Capítulo 1

Natureza do jornalismo

- Jornalismo se nutre do efêmero, do provisório, do circunstancial, por isso exige do cientista maior argúcia na observação e melhor instrumentação metodológica para que não caia nas malhas do transitório.

- Esboço do pesquisador polonês Mieczyslaw Hafel: natureza mutável, não definitiva, dos conceitos, categorias e esquemas empregados no estudo científico do jornalismo.

- Na Europa o estudo do jornalismo está enraizado nas manifestações típicas da comunicação impressa por determinações históricas. “Afinal de contas, a imprensa foi o único canal de expressão jornalística durante os séculos XVII, XVIII e XIX.

- Dantos Jobim – fidelidade ao “espírito do jornalismo” entendo-o como “necessidade social” que assume o caráter de “informação” cujos “atributos essenciais” são aqueles apontados pó Jacques Kayser: “universalidade e instantaneidade”. Assim, a essência do jornalismo está no fluxo de informações da atualidade que ocorre nas páginas dos jornais (e implicitamente também nos espaços dos outros media).

- Celso Kelly – “o jornalismo comporta as antigas e novas modalidades do jornalismo escrito e impresso; as recentes modalidades de jornalismo falado, mediante emissões radiofônicas e de tevê; o jornalismo cinematográfico, pela projeção de imagem, tomada ao acontecimento; jornalismo pessoal e de grupo, na variações das relações públicas; o jornalismo comercial, segunda a técnica publicitária.” (pág. 15)

- Confusão entre o jornalismo e os canais através de que essa atividade da comunicação coletiva se manifesta. O jornalismo articula-se necessariamente com os veículos que tornam públicas suas mensagem, sem que isso signifique dizer que todas as mensagens ali contidas são de natureza jornalística.

- O jornalismo, diferente dos outros ramos da comunicação social, atém-se ao real, exercendo um papel de orientação racional.

- Otto Groth – Abandonou a identificação do conteúdo ou da forma e deixou de lado também a preocupação com a linha editorial. Sua atenção ficou concentrada na “essência” do “processo cultural-social” que caracteriza a produção dos jornais e das revistas. A chave para apreender a identidade de seu objeto ele a encontrou na conjugação das quatro características erigidas como parâmetros da “totalidade jornalística”: periodicidade, universalidade, atualidade e difusão.

“... o jornalismo é concebido como um processo social que se articula a partir da relação (periódica/oportuna) entre organizações formais (editoras/emissoras) e coletividades (públicos receptores), através de cais de difusão (jornal/revista/rádio/televisão/cinema) que asseguram a transmissão de informações (atuais) em função de interesses e expectativas (universos culturais ou ideológicos).”(pág. 17) – trata-se portanto de um processo contínuo, ágil, veloz determinado pela atualidade.

- Atualidade, credibilidade e abrangência.

- Complexidade do processo jornalístico: a atualidade depende da velocidade com que o canal atua – difusão e também da capacidade da instituição jornalística em captar e reproduzir os fatos – periodicidade – que não se faz sem uma sintonia com os desejos e as reações coletivas – universalidade.